quinta-feira, 25 de julho de 2013

Pôr do sol

"Uma luz pálida
 bate em mim.
 É o sol
 a se pôr.
 E eu não tenho nada
 a dizer.
 Só sentir...
 É só sentir 
 os raios vermelhos
 penetrando na alma.
 Transformando-a.
 Gerando pétalas
 rosáceas,
 magnÂnimas.
 Tão vermelhas
 como a paixão...
 E eu me deixo levar
 por um som
 que dum azul.
 Azul talvez do cëu
 do sol a se pôr."

sábado, 20 de julho de 2013

O Mito da Parelha Alada em Fedro (Platão) e sua Relação com a Teoria do Aparelho Psíquico(Freud)

                     O Mito da Parelha Alada em Fedro (Platão) e sua Relação
                                com a Teoria do Aparelho Psíquico(Freud)

                      
       No diálogo Fedro, onde Platão tem como interlocutores o irônico e velho Sócrates e o jovem e entusiasmado Fedro e que discorre a respeito do amor, da alma e da retórica, nos deparamos com o “mito da parelha alada” (246a).
       Sócrates cita este mito no momento em que desenvolve uma discussão sobre a alma, a fim de explicar, por meio de uma alegoria, a complexidade de nossa existência enquanto seres sensíveis que buscam sua evolução, sua verdade.
       “Usemos, portanto, esse meio. Imaginemos, pois, a alma como uma força mediante a qual são mantidos naturalmente reunidos uma parelha de cavalos e um cocheiro, sustentados por asas” (Platão in Fedro,246a)
       Esta carruagem tem como objetivo nos levar às mais altas esferas, ao banquete dos deuses onde nos alimentaremos dos mais sublimes néctares.
       Mas esta “viagem”, esta pretensa ascensão, não é nada fácil a nós seres sensíveis.
       “(...)o cocheiro que nos governa rege uma parelha na qual um dos cavalos é belo e bom, de boa raça, enquanto o outro é de raça ruim e de natureza arrevesada. Assim, conduzir o nosso carro é ofício difícil e penoso” (Platão in Fedro,246b)

     Platão aqui nos apresenta uma tripartição da alma: o cavalo belo e bom nos é apresentado como Thymos, que representa a coragem e se aloja no coração, “que não sabe, mas que quer, com toda a força de seu entusiasmo e de sua generosidade, conduz a alma em direção ao que é bom e ao que é belo”. (Droz,1997)
      “O cavalo de melhor aspecto tem um corpo harmonioso e bonito; pescoço alto, focinho curvo, cor branca, olhos pretos; ama a honestidade e é dotado de sobriedade e pudor, amigo como é da opinião certa. Não deve ser batido e sim dirigido pelo comando e pela palavra.(...)”(Fedro, 253d)
       O cavalo de raça ruim e de natureza arrevesada é apresentado como Epitumeticon, que representa nossa parte sensível, nossa sensualidade e se aloja em nosso ventre, o diafragma, e “submete a alma ao bem do corpo” (ibdem).
       “(...)O outro – o mau – é torto e disforme; segue o caminho sem deliberação; com o pescoço baixo tem um focinho achatado e a sua cor é preta; seus olhos de coruja são estriados de sangue; é amigo da soberba e da lascívia; tem as orelhas cobertas de pelos. Obedece apenas – e com esforço – ao chicote e ao açoite.”( Fedro, 253d)
        E o cocheiro é apresentado como o Nous ou a alma que raciocina, representando a razão e que se aloja em nossa cabeça “parte divina do homem, pode, pela dialética, levar a alma ao conhecimento do Inteligível e à Idéia do Bem”. (ibdem).
        Observando a simbologia deste mito é possível perceber uma relação com a segunda tópica de Freud, que procura explicar o funcionamento do aparelho psíquico por meio do inconsciente, propondo uma divisão em três instâncias deste inconsciente:
- Id,
- Ego e
- Superego.
       O Id “constitui o pólo pulsional da personalidade. Os seus conteúdos, expressão psíquica das pulsões, são inconscientes, por um lado hereditários e inatos e, por outro, recalcados e adquiridos”(Laplanche e Pontalis, 2001). É a parte mais inacessível da estrutura da mente, desconhecendo qualquer tipo de valor, moral ou ética, buscando apenas a satisfação imediata de seus desejos desconsiderando a realidade objetiva sendo, portanto, movido pelo princípio do prazer evitando toda e qualquer dor. É no Id que nossa libido se encontra.
Esta instância pode ser relacionada com o Epitumeticon.
       O Superego, uma das instâncias da personalidade na segunda teoria do aparelho psíquico, “seu papel é assimilável ao de um juiz ou de um censor relativamente ao ego.” (ibdem). Constituído por pensamentos morais e éticos apreendidos durante toda a vida do indivíduo, principalmente durante a fase da formação da personalidade na infância, por meio de regras que nos são ensinadas por nossos pais e por instituições a qual pertencemos.  O Id e o Superego se opõem, procurando cada um a satisfação de suas pulsões nas ações humanas. Aqui podemos estabelecer uma relação com o Thymos.

       “(...)devemos, além disso, examinar o seguinte: em cada um de nós há dois princípios que nos governam e conduzem, e nós os seguimos para onde nos levam: um é o desejo inato do prazer, outro a opinião que pretende obter o que é melhor. Essas duas tendências que existem dentro de nós concordam por vezes, em outras entram em conflito, por vezes vence uma e por vezes a outra” (Fedro).

       Quanto ao Ego, “do ponto de vista tópico, o ego está numa relação de dependência tanto para as reivindicações do Id, como para com os imperativos do Superego e exigências da realidade. Embora se situe como mediador, encarregado dos interesses da totalidade da pessoa, a sua autonomia é apenas relativa.”(ibdem). Compondo a consciência, é ele quem viabiliza a satisfação do Id e do Superego e o contato de ambas as instâncias com a realidade. A relação com Logisticon aqui se faz presente.

    “A razão que atrai as almas para o céu da Verdade é porque somente aí poderiam elas encontrar o alimento capaz de nutri-las e de desenvolver-lhes as asas, aquele que conduz a alma para longe das baixas paixões.”(Fedro, 248d)


        Esta analogia entre a estrutura tripartite da alma proposta por Platão e as três instâncias diferenciadas por Freud na sua segunda teoria do aparelho psíquico, expressa a necessidade de seres sensíveis ficarem atentos aos processos de desenvolvimento pessoal e relacional com o mundo, com o todo.
        Assim também como nos afirma Santos(2007) sobre as partes da alma “ (...)ela constitui uma pluralidade. È composta de Dynamis dispares e opostas – a razão, a parte apetitiva, intermediadas pela faculdade da ação – cada qual com seus desejos e prazeres próprios(...)
         Mesmo conscientes desta compartimentação é preciso observar um diálogo entre estas estruturas com uma “visão do todo”, pois sem uma ampla visão de conjunto e sabedores de que estas partes da Alma são passíveis de desequilíbrio o Logisticon se excederia em um dos extremos: deslumbrar-se por honras mundanas ou adotar uma postura asceta, de isolar-se em seus pensamentos, como numa torre buscando a sabedoria, porém dotado de uma inatividade que em nada contribuirá com o desenvolvimento desta alma.
         “(...) o princípio do movimento é o que a si mesmo move. (...) o que a si próprio se move é imortal (...). Cada corpo movido de dentro é animado, pois que o movimento é a natureza da alma. (Fedro,245d)

        E neste diálogo, neste mover-se a alma segue em sua evolução até encontrar o alimento capaz de nutri-la.
             “Quando a alma, depois da evolução pela qual passa, chega a conhecer as essências, esse conhecimento das verdades puras a mergulha na maior das felicidades.” (Fedro, 247d)




Referências Bibliográficas:

BRISSON, Luc. Leituras de Platão.Porto Alegre.,EDIPUCRS,2003
DROZ, Genevieve. Os Mitos Platônicos. Brasília.,Ed. UNB, 1997.
LAPLANCHE e PONTALIS. Vocabulário de Psicanálise. 4ª ed. São Paulo,
       Martins Fontes, 2001.
PLATÂO. Fedro.trad. Dr. Jorge Paleikat.Porto Alegre,Globo,s/d
SANTOS, Prof. Dra. Maria Carolina Alves dos, Dialética e Terapêutica no Fedro   
        de Platão. Revista de E.F.H.da Antiguidade, Cps/Bsb, nº 22/23,

        jul2006/jun/2007.

terça-feira, 16 de julho de 2013

SER TEM ou TEMPO SER

Se este tempo
Irremediável tempo
Passar
Passarei a ser
Este ser
Do tempo.

Enquanto o tempo
Este tempo
Estiver no seu lugar
Eu, ser
Adorável ou
Abominável ser
Serei.

Se este ser
Eu
No tempo estiver
Qual será o tempo
Enquanto
Por enquanto
Viver ou morrer?
Serei eu, ser.
O próprio tempo?

segunda-feira, 15 de julho de 2013

MEDO DE VIVER - Sandra Marina Witkowski




Introdução

       Todos nós apresentamos, em algum momento e de alguma forma, um medo. A psiquiatria tem catalogado uma quantidade imensa de fobias por nós experimentadas.
       Porém, existe um medo maior. Um medo que permeia toda a nossa existência sem que sequer nos apercebamos. Um medo que nos imobiliza, impossibilitando-nos, não permitindo que nossa vida seja plena.
       Este medo, mesmo que em diferentes graus, está presente de forma subjetiva, intrínseca nos comportamentos.
       E então me pergunto: por que temos medo de viver? Por que temos medo do prazer? Por que temos medo da felicidade? Por que temos medo de amar?
       Se pararmos para pensar, uma criança de tenra idade não apresenta este tipo de resistência. Ela vive este prazer, esta liberdade, este amor. Enfim, vive por completo.
       Então, em que momento isto se instaura em nossas vidas? Quais acontecimentos nos levam a bloquear estas experiências? E ainda, quais as marcas que este bloqueio deixa em nosso corpo físico?
       E aqui se dá o meu interesse pessoal em discorrer sobre este tema. Um possível entendimento a respeito do medo/neurose. E, como um contato e um conhecimento um pouco mais apurado, pode levar a alguma resposta para que possamos viver plenamente.

Palavras chaves: medo, caráter neurótico, corpo, prazer, ser.



 
A instauração dos medos e suas conseqüências nos níveis psíquico e corporal

                                                         “A experiência é o melhor e talvez único
                                                                        e verdadeiro professor”.
                                                                                Alexander Lowen

       Lowen coloca a respeito da importância da experiência, como podemos observar na citação acima. Porém, situa diferenças nos padrões de percepção desta mesma experiência pelo indivíduo, levando-o a uma não consciência de seus sentimentos e motivações profundos, sendo esta falta de percepção típica do caráter neurótico.  
             “A  expressão    ‘cárater neurótico’  refere-se  a um   padrão  de  comportamento
                que  se baseia  num conflito  interno e representa medo da vida, do sexo, de ser.
                Reflete as primeiras experiências de vida da pessoa, porque ela foi formada em
                resultado   de   tais   experiências.   A mais   crucial  das   experiências   para  o
                desenvolvimento do caráter  neurótico é a edípica.” (Lowen,1980, pg.24).

       É sabido, assim como Freud afirma, que o conflito edipiano ocorre entre os três e seis anos de idade, estágio este crucial no desenvolvimento da personalidade. Até esta idade o indivíduo ainda é governado pelo princípio do prazer e seu ego identifica-se bastante com seu corpo. Após os seis anos inicia-se um processo de aculturação e considera-se que o ego está desenvolvido a ponto de iniciar uma dominância sobre o corpo e sobre as ações corporais, em nome do princípio da realidade.
        Neste momento a criança desenvolve um conflito entre sua natureza, suas necessidades instintivas e a cultura que lhe é transmitida através dos pais, que a representam, e são responsáveis pela instauração dos valores desta mesma cultura. Este processo faz exigências a esta criança, em termos de atitude e comportamento com o objetivo de “encaixá-la” na família e na matriz social.
       Este movimento cria resistências na criança que se sente “violada” em sua essência, levando-a a desenvolver um caráter neurótico e um medo da vida. “O caráter neurótico é a defesa da pessoa contra a violação.”(Ibidem, pg.60)
       E assim o indivíduo vai tentando lidar com este paradigma ao longo de sua infância e adolescência na tentativa de se enquadrar para viver em sociedade, sempre vivendo mais o que os pais “desejam” do que o seu verdadeiro ser.
       Em nossa cultura ocidental este fator se apresenta muito mais intenso. Nesta aculturação o que impera é o que este indivíduo será, não no intuito de ser como pessoa, mas sim como obterá mais recursos para viver nesta sociedade que valoriza o que se tem e não o que se é, na intenção de se impor mais condições de ter, de poder. Estamos mais comprometidos com o nosso sucesso do que preocupados com o ‘prazer de ser’;  “...poder e prazer são valores opostos e[...] o primeiro exclui o segundo...”(Ibidem)
       Na busca deste poder, o indivíduo tenta superar os problemas de sua personalidade negando-os, dizendo a si mesmo “não vou ficar com medo”, internalizando e potencializando este medo, garantindo a permanência desta emoção. E passa sua vida negando este problema de personalidade, gerando um conflito como se uma parte da pessoa se voltasse contra outra. Então o ego, por meio da vontade, é movimentado contra o corpo e as sensações do indivíduo, que se aprisiona ao destino que está tentando evitar.
       Como podemos observar, alguns indivíduos sentem uma grande dificuldade em crescer com suas experiências adquiridas ao longo da vida, repetindo o mesmo comportamento destrutivo, inúmeras e infindáveis vezes, estabelecendo assim um comportamento neurótico.
        Este comportamento tem raízes no conflito estabelecido entre o medo, o desejo e o prazer, que quando associado à culpa e à vergonha (vinculadas aos sentimentos e às sensações), estas são internalizadas criando este caráter neurótico.
       Em muitas situações de nossas vidas nos deparamos com este medo do prazer, vivendo neste conflito neurótico provocado pela repressão que executamos sobre o elemento negativo: “...o indivíduo prestativo nega seu ressentimento quando lhe pedem que o ajude; a mulher que banca a mãe nega seu medo de sexo, e a pessoa exageradamente crítica nega sua capacidade de amar.” (Ibidem).
       O indivíduo vive em uma luta interior entre o que ele é e o que acredita que deva ser, sendo um prisioneiro deste conflito, tornando-se incapaz de aceitar a si mesmo.  
        Este processo de luta interior constante leva o indivíduo a acumular tensões em toda a cadeia muscular de seu corpo criando o que Reich denomina como couraça.
  “Reich descreveu o caráter como um processo de formação da couraça ao nível do ego, que tinha por função protegê-lo contra perigos internos e externos”.(Ibidem, pg.59)
       E assim, com toda esta carga instaurada, o indivíduo é “jogado” na vida. É obrigado a conviver, a trabalhar, a estudar. E, conseqüentemente, passa a vida fugindo do “entrar em contato” com estas suas limitações, com estas suas couraças, estabelecendo um viver automático, quase maquínico, para sobreviver neste sistema de aculturação já mencionado anteriormente.
       “A contradição do pensamento moderno é pensar que poder e produtividade tornam a pessoa livre. A lógica por trás dessa crença é que, com poder suficiente, a pessoa pode fazer tudo o que desejar.” ( Ibidem)
        Porém, o indivíduo, mesmo sobrevivendo desta maneira, não pensa em outra questão senão a de encontrar a felicidade, trazendo mais um conteúdo de medo: “o atingimento do estado de felicidade determina em todos os seres humanos o surgimento de uma sensação desagradável de medo. “(Gikovate, 1981, pg.120).
       Podemos notar que este medo está intimamente ligado com o medo da morte. Chamamos de morte tudo aquilo que está relacionado às perdas. A perda dos entes queridos em conseqüência de sua morte, a perda de um amor, a perda do emprego, entre outros, e a uma sensação de desamparo. Quando o indivíduo, ainda em sua infância, se percebe só, experiencia esta sensação afastando-se do caminho da liberdade e procura agir de maneira a permanecer vinculado às figuras familiares e às regras da cultura social, na tentativa de se sentir acolhido.
       Ignora que este processo só intensifica seus medos, encouraçando-o ainda mais, tornando-o cada vez mais cansado, exaurido de sua energia essencial. E é assim que se instauram e se ampliam os casos de depressão. “Sentir-se cansado pode ser interpretado como declaração do corpo no sentido de que ele está ‘cansado’ de ser subjugado pelo ego para satisfazer uma imagem que não tem relação com as necessidades corporais. Não há sentido em realizar coisas se essa realização nada faz para favorecer o prazer de ser. “(Lowen, 1980)
       O indivíduo luta contra seu próprio ser na tentativa de não fracassar, de não falhar, de não cair. Esquece-se que isto faz parte da vivência, da experiência humana. Esquece-se de viver com sabedoria, que é o equlíbrio. Esquece-se que “o fazer só é válido quando favorece o ser, e que o pensar só tem sentido se derivar do sentir”(Ibidem)
       Se nos entregarmos a esta sabedoria, inerente a todos os seres humanos, mas que subjulgamos, poderemos enfim perder este medo que vive nos rodeando. E se formos tomados por esta sabedoria nos tornaremos autênticos, verdadeiros. “Os outros podem pensar o que quiserem, o importante para ele é não mentir mais. Ser autêntico. É nesta autenticidade que ele encontra a sua paz e a sua força.”
( Leloup,1996, pg.61)
        E trazendo todos estes elementos à nossa consciência é que realmente poderemos ter a oportunidade de perder este medo de viver plena e intensamente. Se associarmos esta busca a uma psicoterapia, a musicoterapia, a uma terapia corporal, poderemos nos ajudar e muito nesta conscientização. Poderemos ampliar nossa visão e abrir novos caminhos: “E a libertação do medo não é somente uma coisa psíquica ou intelectual. É também algo físico” (Ibidem). Porém não podemos perder o referencial de que estamos ligados à uma energia que movimenta toda a existência, sem entrarmos no mérito de qual sua origem, e que através desta energia é que podemos encontrar uma força libertadora.
       Saber que esta força se encontra dentro e fora de nós, num continuum, e promove o transcender ao outro e uma volta para nós.
       Finalmente “ ...nós não temos mais medo do que antes nos fazia ter medo. E esta é uma experiência que podemos sentir em nosso próprio corpo.”(Ibidem,pg.60:61)



Referências bibliográficas:

GIKOVATE,Flávio, Em Busca da Felicidade, MG Associados, 6 ª ed., 1981
LELOUP,Jean –Yves, Caminhos da Realização – Dos medos do eu ao mergulho no Ser, Editora Vozes, 16 ª ed., 1996.
LOWEN, Alexander, Medo da Vida, Ed. Círculo do Livro, São Paulo, 1980.

________________, Bioenergética,  Summus, São Paulo, 1982.

Você!



"Foi num dia assim
 que te encontrei...
 E nunca mais te esqueci!
 Me iluminou o teu olhar..."


Sandra Marina Witkowski

Uma homenagem ao grande Mozart!



"Com tua música
 reger os pássaros,
 as libélulas
 até as nuvens.
 Ordenar o sol
 aparecer ou sumir...
 Tornar o céu
 mais azul...ou cinza.
 Mesclar
 o tom das nuvens
 com o pôr do sol.
 O mar mais verde...
 ondas mais espumentes.
 Brancas...
 Intensificar o Amor!
 Apagar o irracional.
 Só então,
 Te ouvir como música."

Sandra Marina Witkowski